Na Ponta dos Dedos

Tï¿½ · Enviada: Qui Jul 10, 2008 11:05 pm Assunto:

"A genialidade estï¿½ nos cromossomos. Vocï¿½ sabia que o meu DNA brilha no escuro?"

Bloqueio criativo
Riverside Drive

Woody Allen - Adultï¿½rios

Aranel · Enviada: Seg Jul 14, 2008 10:16 pm Assunto:

Tï¿½ · Enviada: Seg Jul 14, 2008 10:27 pm Assunto:

Aranel · Enviada: Qui Ago 07, 2008 6:39 pm Assunto:

Aranel · Enviada: Qui Ago 07, 2008 6:49 pm Assunto:

Pensando em um livro para hoje, acho que nï¿½o vou de prosa... vou de verso:

Alberto Caeiro (Fernando Pessoa) em Ficï¿½ï¿½es de Interlï¿½dio

"Hï¿½ Metafï¿½sica bastante em nï¿½o pensar em nada.
O que penso eu do mundo?
Sei lï¿½ o que penso do mundo!
Se eu adoecesse pensaria nisso.
Que idï¿½ia tenho eu das cousas?
Que opiniï¿½o tenho sobre as causas e os efeitos?
Que tenho eu meditado sobre Deus e a alma
E sobre a criaï¿½ï¿½o do Mundo?
Nï¿½o sei. Para mim pensar nisso ï¿½ fechar os olhos
E nï¿½o pensar. ï¿½ correr as cortinas
Da minha janela (mas ela nï¿½o tem cortinas).
O mistï¿½rio das cousas? Sei lï¿½ o que ï¿½ mistï¿½rio!
O ï¿½nico mistï¿½rio ï¿½ haver quem pense no mistï¿½rio.
Quem estï¿½ ao sol e fecha os olhos,
Comeï¿½a a nï¿½o saber o que ï¿½ o sol
E a pensar muitas cousas cheias de calor.
Mas abre os olhos e vï¿½ o sol,
E jï¿½ nï¿½o pode pensar em nada,
Porque a luz do sol vale mais que os pensamentos
De todos os filï¿½sofos e de todos os poetas.
A luz do sol nï¿½o sabe o que faz
E por isso nï¿½o erra e ï¿½ comum e boa.
Metafï¿½sica? Que metafï¿½sica tï¿½m aquelas ï¿½rvores?
A de serem verdes e copadas e de terem ramos
E a de dar fruto na sua hora, o que nï¿½o nos faz pensar,
A nï¿½s, que nï¿½o sabemos dar por elas.
Mas que melhor metafï¿½sica que a delas,
Que ï¿½ a de nï¿½o saber para que vivem
Nem saber o que nï¿½o sabem?
"Constituiï¿½ï¿½o ï¿½ntima das cousas"...
"Sentido ï¿½ntimo do Universo" ...
Tudo isto ï¿½ falso, tudo isto nï¿½o quer dizer nada.
ï¿½ incrï¿½vel que se possa pensar em cousas dessas,
ï¿½ como pensar em razï¿½es e fins
Quando o comeï¿½o da manhï¿½ estï¿½ raiando, e pelos lados das ï¿½rvores
Um vago ouro lustroso vai perdendo a escuridï¿½o.
Pensar no sentido ï¿½ntimo das cousas
ï¿½ acrescentado, como pensar na saï¿½de
Ou levar um copo ï¿½ ï¿½gua das fontes.
O ï¿½nico sentido ï¿½ntimo das cousas
ï¿½ elas nï¿½o terem sentido ï¿½ntimo nenhum.
Nï¿½o acredito em Deus porque nunca o vi.
Se ele quisesse que eu acreditasse nele,
Sem dï¿½vida que viria falar comigo
E entraria pela minha porta dentro
Dizendo-me, Aqui estou!
(Isto ï¿½ talvez ridï¿½culo aos ouvidos
De que, por nï¿½o saber o que ï¿½ olhar para as cousas,
Nï¿½o compreende quem fala delas
Com o modo de falar que reparar para elas ensina.)
Mas se Deus ï¿½ as flores e as ï¿½rvores
E os montes e sol e o luar,
Entï¿½o acredito nele,
Entï¿½o acredito nele a toda a hora,
E a minha vida ï¿½ toda uma oraï¿½ï¿½o e uma missa,
E uma comunhï¿½o com os olhos e pelos ouvidos.
Mas se Deus ï¿½ as ï¿½rvores e as flores
E os montes e o luar e o sol,
Para que lhe chamo eu Deus?
Chamo-lhe flores e ï¿½rvores e montes e sol e luar;
Porque, se ele se fez, para eu o ver,
Sol e luar e flores e ï¿½rvores e montes,
Se ele me aparece como sendo ï¿½rvores e montes
E luar e sol e flores,
ï¿½ que ele quer que eu o conheï¿½a
Como ï¿½rvores e montes e flores e luar e sol.
E por isso eu obedeï¿½o-lhe,
(Que mais sei eu de Deus que Deus de si prï¿½prio?),
Obedeï¿½o-lhe a viver, espontaneamente,
Como quem abre os olhos e vï¿½,
E chamo-lhe luar e sol e flores e ï¿½rvores e montes,
E amo-o sem pensar nele,
E penso-o vendo e ouvindo,
E ando com ele a toda a hora."

Simplesmente amo Alberto Caeiro... amo!

Tï¿½ · Enviada: Qui Ago 07, 2008 6:54 pm Assunto:

miss gray · Enviada: Sex Out 03, 2008 2:21 pm Assunto:

Li este trecho do Infiel de Ayaan Hirsi Ali e fiquei horrorizada.

"Fazendo um gesto amplo, vovï¿½ disse: "Quando esse kintir comprido for retirado, vocï¿½ e a sua irmï¿½ ficarï¿½o puras". Pelas palavras e gestos dela, concluï¿½ que aquele abominï¿½vel kintir, o meu clitï¿½ris, acabaria crescendo tanto que um dia comeï¿½aria a balanï¿½ar entre as minhas pernas".
"(...)Entï¿½o o homem aproximou a tesoura e comeï¿½ou a cortar os meus pequenos lï¿½bios e o meu clitï¿½ris. Ouvi o barulho, feito o de um aï¿½ougueiro ao tirar a gordura de um pedaï¿½o de carne. Uma dor aguda se espalhou no meu sexo, uma dor indescritï¿½vel, e soltei um berro. Entï¿½o veio a sutura, a agulha comprida, rombuda, a transpassar canhestramente os meus grandes lï¿½bios ensanguentados, os meus gritos desesperados de protesto, as palavras de conforto e encorajamento de vovï¿½: "ï¿½ sï¿½ uma vez na vida, Ayaan. Seja corajoso, estï¿½ acabando". Ao terminar a costura, o homem cortou a linha com os dentes".
_________________
"You're so cute when you're slurring your speech
But they are closing the bar and they want us to leave"

Bruninha · Enviada: Sex Out 03, 2008 4:24 pm Assunto:

Greenie · Enviada: Sex Out 03, 2008 8:56 pm Assunto:

Horrorizada (3).

star65 · Enviada: Sex Out 03, 2008 11:52 pm Assunto:

Barbï¿½rie... Sad

Tï¿½ · Enviada: Sï¿½b Out 04, 2008 12:40 am Assunto:

Pra mim ï¿½ sï¿½ outra cultura, e apenas uma forma mais "crua" de observar algo que acontece todo santo dia no nosso prï¿½prio paï¿½s, a "leve" diferenï¿½a ï¿½ o ponto de vista e a anestesia, claro! ï¿½ï¿½

Greenie · Enviada: Dom Out 05, 2008 1:25 pm Assunto:

Tï¿½ · Enviada: Dom Out 05, 2008 1:41 pm Assunto: